26 de fevereiro de 2016
Verão Cruel

Eu juro - juro mesmo! - que sou capaz de gostar de um livro mesmo odiando a personagem principal. Contanto que as ações dela sejam condizentes com a sua personalidade - o que definitivamente NÃO acontece aqui.
Mas eu comecei essa resenha de uma forma precipitada, então vamos recapitular: Colby Cavendish é uma garota ex-nerd que estava ansiosa para passar o melhor verão de todos na companhia dos seus novos amigos - e de Levi Bonham. O que ela não esperava mesmo era que seus pais, em processo de divórcio, a mandassem para passar os três meses da estação lá na Grécia, junto com a sua tia louca.
Já tenho um histórico de odiar as personagens da Alyson Noël (a Ever, da série Os Imortais, que o diga). Logo, a minha primeira reação foi: como que a menina vai passar as férias NA GRÉCIA e está dando todo esse chilique?
Minha antipatia começou a tomar forma daí, mas ao mesmo tempo tentei ponderar que, realmente, férias em lugar nenhum poderiam ser assim tão legais quando seus pais não param de brigar e decidiram pelo divórcio. Mas foi então que a personagem conquistou o meu ódio de vez: essa é só a preocupação secundária dela. Todas as suas ações nos levam a pensar que seu problema com a viagem é muito mais por perder festas e mais festas na companhia dos seus maravilhosos novos amigos (que claramente estão nem aí para ela) do que por questões familiares.
Mesmo assim, não vou negar o desenvolvimento dela durante a história. Os outros personagens, porém, nos conquistam bem mais ao longo da trama, como a tia supostamente louca da Colby, que na verdade se mostra super legal. Outro ponto positivo é o ambiente diferente que permeia o livro, é bem legal receber descrições sobre lugares que a gente só ouve falar, como Mykonos, por exemplo (a autora morou um tempo lá ♥). Só amor!
O romance da Colby com Yanni é fofo, mas atrapalhado pela obsessão da garota com o amigo Levi. É sério, é muito irritante a forma como ela o coloca como centro de tudo, quando está muito claro para qualquer um que ele não a vê da mesma forma. O final do livro foi ok apenas pela pequena evolução individual de praxe da protagonista, como eu já citei, porém ele é bem vago e eu confesso que esse tipo de desfecho não é dos meus favoritos.
Dei duas estrelas e meia apenas pelos poucos pontos positivos que mencionei, mas a história não tem profundidade e em geral não é um livro que eu recomendaria. Não foi dessa vez que eu fiz as pazes com a Alyson Noël.

- editora novo século
- 184 páginas | skoob
Escrito por: Jennifer Macieira
Arquivado em
Novo Século
Resenha
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