8 de julho de 2016
Calafrio (Os Lobos de Mercy Falls) | Resenha

Além da fantasia interessante, quando li algo da Maggie pela primeira vez, em A Corrida de
Escorpião, duas coisas me encantaram de cara e me pareceram simplesmente
certas: a linguagem e o romance. Vocês
já gostaram tanto de uma história que desejaram vocês mesmos a
terem escrito? Foi um pouco do que senti e vocês podem conferir minha opinião
aqui antes de continuar.
Eu acho que é consenso entre
todos os leitores, mas eu adoro ler uma história e sentir o cuidado do autor. E quando digo isso, não estou me referindo a erros gramaticais, mas à escolha de palavras, sua
forma de se expressar e de desenvolver as ideias. Sei que esse é um fator
muito subjetivo, porque cada um tem sua forma de escrever e às vezes a gente se
envolve tanto no que está lendo que nem a percebe, sem falar que o que me agrada pode ser diferente do que te agrada, mas a Maggie me chama
atenção nesse sentido.
Independente de a situação na história ser triste ou monótona, os capítulos são prazerosos, inteligentes e até poéticos, de uma forma bem jovem. Acho que qualquer um que ler algo dela vai me entender um pouco.
Independente de a situação na história ser triste ou monótona, os capítulos são prazerosos, inteligentes e até poéticos, de uma forma bem jovem. Acho que qualquer um que ler algo dela vai me entender um pouco.

Em relação a Calafrio
especificamente, mais uma vez senti verdade na sutileza do romance. Sinto que as coisas estão como devem ser nos romances da Maggie. Aqui,
assim como em A Corrida de Escorpião, os personagens simplesmente compartilham
algo e isso está tão claro que nem é o foco da narração. Sem jogos para
conquistar o interesse um do outro, a fantasia e todas as outras temáticas da
história ganham espaço para se desenvolver.

Grace é uma garota que passou por
maus momentos na infância quando foi atacada por alguns dos lobos que viviam no
bosque perto de sua casa. Eles a levaram para longe, mas quando sua vida estava
prestes a ser tirada de vez, um outro lobo, de olhos amarelos, impediu a
tragédia.
A partir daí, seus olhos nunca mais foram esquecidos por Grace, que começou a ansiar pelo momento em que eles apareceriam outra vez. Quando estava especialmente frio, o lobo a observava de longe, assim como ela, e cerca de seis anos se passaram assim, sem muito alarde. A história dá uma reviravolta quando Jack, um estudante da mesma escola de Grace, não só é atacado pelos lobos, como é (supostamente) morto por eles.

Isso gera uma revolta em Mercy
Falls contra os lobos até então considerados inofensivos e, liderados pela
família de Jack, um grupo de policiais e locais saem para caçar os animais no
bosque.
Essa expedição toda não poderia
acabar bem, mas foi por causa dela que Grace teve o primeiro contato com seu
lobo, que na verdade é um garoto chamado Sam.
Ele acaba aparecendo ferido em
sua porta e a história se desenvolve aos poucos, com Sam entrando na vida de
Grace e ela na dele, mas ambos conscientes de que, a qualquer momento, Sam
poderia voltar à sua forma de lobo.

Eu realmente gostei de acompanhar o casal. Ele é mais romântico e sensível, enquanto ela é mais durona, mas nenhum tem uma personalidade extremista e os dois acabam funcionando muito bem juntos, numa espécie de equilíbrio.
Outra grande diferença entre os dois que acaba sendo interessante é o fato de Grace desejar ter se tornado uma loba na época em que foi atacada e agora Sam desejar voltar a ser exclusivamente humano.
Outra grande diferença entre os dois que acaba sendo interessante é o fato de Grace desejar ter se tornado uma loba na época em que foi atacada e agora Sam desejar voltar a ser exclusivamente humano.

O livro passa por temáticas relevantes, como a família, seja através da negligência dos pais de Grace ou da intolerância dos de Sam, mas também mostrando o acolhimento que o garoto teve na alcateia.
Ainda assim, gostei bastante do final de Calafrio. A Maggie conseguiu me deixar satisfeita com o livro de modo que eu poderia parar a série agora e não sair frustrada. Vocês não amam quando isso acontece? Eu sei que eu amo. ♡
Mas ela é absolutamente boa
demais para ser deixada de lado.

"Ela desejava se transformar, eu esperava me transformar, e nós dois queríamos o que não podíamos ter."
Escrito por: Unknown
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